A perda auditiva na terceira idade está relacionada, na maioria dos casos, ao envelhecimento natural do ser humano. Por isso, é comumente ignorada pelo paciente idoso que acredita que não precisa de um tratamento.
“É normal da idade, não há o que ser feito”, ele diz.
Geralmente, os primeiros a perceber e a se incomodar com os sinais de uma perda auditiva no paciente idoso são os seus familiares. A TV passa a ficar sempre no máximo, a pessoa passa a gritar ao falar ao telefone, ou mesmo em uma conversa pessoalmente, surgem muitos ruídos na comunicação (você não entendeu o que eu disse?), dentre outras situações que afetam diretamente o dia a dia de quem convive com o deficiente auditivo. Nesses casos, como fazer para convencer o idoso a tratar a sua perda auditiva — que consiste, na maioria dos casos, no uso do aparelho auditivo?
Iremos conseguir melhorar a nossa comunicação
O primeiro benefício do uso do aparelho auditivo é permitir que o deficiente auditivo preserve sua capacidade de se comunicar de forma fluida com as pessoas do seu convívio. Por isso, cite para o idoso as dificuldades mais recentes que vocês tiveram durante uma interação. Diga o quanto é importante para toda a família e amigos que ele possa participar ativamente das conversas, contribuindo com seus pontos de vista. Diga, ainda, que você não gostaria de vê-lo se isolando do convívio social por causa de uma condição que poderia ser revertida. Ressalte que, uma vez que ele escolha por usar o aparelho auditivo, ele sentirá, logo na fase de adaptação, um salto enorme em sua comunicação com o mundo.
Você não precisará se privar de atividades
Nossa forma de contato com o mundo se dá pelos compromissos que assumimos no dia a dia, mesmo que seja apenas ir à padaria. Em todo caso, o paciente com perda auditiva não tratada poderá perder, pouco a pouco, o prazer de sair de casa, diante de eventuais constrangimentos passados pela falta de audição. Por isso, é importante que você exemplifique situações em que você gostaria que o idoso estivesse presente e aproveitando o momento. Cite aquela peça de teatro, por exemplo, que ele chegou a ir, mas não entendeu nada. Lembre sobre o desconforto que ele demonstrou ao sair para jantar em um restaurante mais barulhento. Ou lembre-o daqueles momentos em que, ao pedir uma informação na rua, ele se sentiu desorientado por não compreender bem a fala. Os impactos de não ouvir bem são diários e muito específicos. Ajude o idoso, então, a se perceber nessa vulnerabilidade pela falta de escuta.
Isso é muito sério e você precisará deixar claro para o idoso. Se ele deseja envelhecer bem e com saúde, não poderá ignorar o desenvolvimento de deficiências que impactam na sua qualidade de vida. A perda auditiva não tratada pode levar ao isolamento gradual do paciente, podendo resultar em um quadro de depressão na velhice. Além disso, a falta de estímulos sonoros no cérebro poderá resultar em um declínio na capacidade cognitiva do paciente, podendo evoluir para quadros de demência, como o Alzheimer. Portanto, não se pode brincar com a perda auditiva, ok? Oriente-o sobre essas consequências.
Muitos idosos se queixam da falta de independência nessa fase da vida, embora se recusem a determinados tratamentos que irão promover essa autonomia. O uso de aparelho auditivo possibilita uma comunicação ativa com o mundo, condição fundamental para a independência de qualquer indivíduo. É muito importante, portanto, demonstrar ao idoso o quanto você respeita a sua escolha, seja ela qual for, mas que gostaria de vê-lo curtindo uma vida de qualidade e, principalmente, sendo autor do próprio destino.
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